sexta-feira, outubro 20, 2006

OS IDOS

à memória de Malthus Balzác


em virtude dos belos anos sós
uma vida inteira é jogada fora.
em rumores de medo nessa sina
empobrece a emoção da vida.

enamorado da desconfiança
num cruento insaciável de lembranças,
uma lágrima brota dos olhos seus
sem saber o seu destino.

tudo se transforma e improvisa a fé.
iconoclasta da ignomínia,
vejo que não há idílio que descreva
a ideologia de uma vida a sós.

mas permanece a idiotice de meditar
os velhos e tolos ditados:
- antes só que mal acompanhado?
os idos não permanecem.
vê a realidade de hoje:
- antes um tolo apaixonado
que um largado sozinho!

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