domingo, dezembro 30, 2007

2oo8!


OBRIGADO!

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"Clara manhã, obrigado,
o essencial é viver!"
(Carlos Drummond de Andrade)

Agradeço à todos aqueles que contribuiram o bastante para que eu pudesse perceber, mais uma vez, os valores essenciais da vida.
Obrigado pelas mãos estendidas, pelos aplausos e pelos sorrisos doados.
Espero, no próximo ano, retribui-los com o mesmo carinho, a mesma leveza e as mesmas alegrias de sempre.

Sorte, saúde, paz, amor, música e poesia para 2oo8!

Tim Tim,
Hugo Lima.


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STARRING.

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Ele é indie, mas reconhece e assume as influências do punk, do folk, do rock, do britpop, do Lo-Fi, do hippie, do samba, do jazz, da bossa nova e até mesmo de movimentos como o tropicalismo, o cubofuturismo, o dadaísmo, o surrealismo, o minimalismo, o concretismo, a digipopart e a artbitch. Eu definiria como um kitschnightboy psicodélico um tanto quanto diabolique! Há quem diga que ele chega a ser inovador sem deixar de ser clássico, outros apostam numa pseudoloucura crônica. Entretanto, trata-se de um simples poeta pós-moderno que transita entre a alta costura underground e poesia contemporânea. É fascinado por cores, fala inglês e espanhol, adora pão-de-queijo, curte Björk, Cibelle, João Gilberto, Laika, Massive Attack e o mais vasto universo da boa música. É comum encontrá-lo pelos cafés de Belo Horizonte, movimentada cidade do oeste europeu de Minas Gerais onde vive numa enorme casa pintada de amarelo. É zen-hindu, medita, gosta de incenso e prefere alimentos secos, integrais e desidratados. Não dispensa boas taças de champagne, mas está muito bem servido com chás de morango ou sucos naturais. Sobre moda, arte que pesquisa intensamente desde os 13 anos, diz que sua inspiração vem do pside, do cyber, do punk, do folk, do clown e do conceito de estilistas como Reinaldo Lourenço, Ronaldo Fraga, Alexandre Herchcovitch, Lino Villaventura, Viktor & Rolf, McQueen, Donna Karan, Victor Charlier, João Pimenta, Paulo Carvas, entre outros. Seu visual é essencialmente psidepunk, um pouco esquisito, mas altamente sofisticado, com muito movimento, descontração, buttons e acessórios coloridos. “Sei que sou extravagante e não me importo em parecer blasé. Moda é se sentir bem, não viver de grife!” – esclarece. É ascético, divertidíssimo, tem bom senso, não abre mão de boa educação e está entre os mais elegantes que eu conheço, sempre esbanjando sensualidade e simpatia. Causar emoção, reorganizar as coisas, traduzir o intraduzível, fotografar o instante, registrar o inexistente, dar cores à rotina acizentada do cotidiano são algumas das tarefas diárias deste poeta que, apesar de possuir uma escrita muito delicada e pontuada pelo abstracionismo filosófico, garante que sua poesia não quer responder, mas sim, indagar ainda mais o caminhante apressado que se perde pela multidão da cidade grande. Seus versos acontecem o tempo todo, do lado de dentro ou de fora da gente. Estudante de Letras, pretende se especializar em poéticas contemporâneas. É viciado em livros, desenha, rabisca, fotografa, inventa, decora, colore, recorta, recicla, canta e faz música moderna brasileira. É dono de uma das vozes mais etéreas que já ouvi, já cantou acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Palácio das Artes e, em 2003, colaborou na organização de duas exposições minhas em parceria com o crítico de arte e também poeta, Erthal Terra. Atualmente, publica seus trabalhos na Casa Sana e escreve para os sites da poeta, atriz e estilista, Larissa Mighin, e do publicitário Igor Amin. Para 2oo8, pretende dar continuidade aos estudos, ampliar a Casa Sana e criar projetos artísticos.

Por Gustavo Malheiros. 1º novembro de 2oo07. Londres, Inglaterra.

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segunda-feira, dezembro 24, 2007

DE NATAL

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Merry
Merry
Merry
Christmas
From
Myself
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terça-feira, dezembro 18, 2007

GESTALT

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Aos poucos vou-me
fazendo parte de um todo.
Vou-me partindo
quebradiço que sou
para que, pelas metades,
possa me constituir por inteiro.

Aos poucos vou-me
repartindo
distribuindo-me aos pedaços
desmembrando parte por parte
para que, em fragmentos,
possa insinuar completude.

Aos poucos vou-me
desfazendo
cortando meus dobrados
destroçando minha carne
para que, em partes,
eu disfarce
e minha nudez
e a minha loucura.

Aos poucos vou-me
pouco a pouco,
parte a parte,
ponto a ponto...

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O INCESTO AUTOFÁGICO - Part. 1

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se esgota numa gota
sobre mim
vaidades
que de me olhar
me abstenho
como que se desejasse
a mim mesmo
uma parte do meu corpo

e se pouco declamo
era o dito
uma palavra que se entranha na boca.
bom senso
sem teor algum
e penso:

talvez fosse melhor não pensar
no desejo
é tudo aquilo que arde na boca
a minha vontade (de não provocar)
o incesto.

primeiro, corto a lingua e observo:
sou o mínimo das virtudes do desejo
ALMA - ou outra forma de corpo.

para deglutir os restos
basta um pouco da dura promessa
de um vício tempestuoso.

- AAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!

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quarta-feira, dezembro 12, 2007

RESOLUÇÃO¹

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o afeto é a arte de se envolver
com a alma.
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OFÍCIO

escrevo escrevo escrevo escrevo escrevo escrevo
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